Evangelho de São João capitulo 5 versos de 2 a 9.
Histórias não contadas.
Era uma vez um casal recém casados, ambos com vinte anos de idade.
Naquela época as mulheres somente cuidavam da casa, e os homens eram os que saiam para trabalhar e levar o sustento para casa.
Vamos chamar o homem de João e a mulher Maria.
Naquele tempo os homens trabalhavam nos campos de colheita, outros eram comerciantes e outros criavam animais e revendiam para pessoas levarem ao templo para serem oferecido a Deus como holocausto.
João era um homem calado e nas horas vagas gostava de inventar coisas, o esposo de Maria não tinha um emprego fixo e todo dia acordava cedo e ia para a praça principal da cidade, ficava esperando que passasse um carro de boi que levava trabalhadores para as lavouras, e assim iria junto para trabalhar e ganhar a paga do dia.
No fim do dia voltando para casa, sempre passava no armazém e comprava mantimentos para o próximo dia. Esta era a vida desse casal, cheia de sonhos para o futuro.
Após um ano de casado Maria engravida, e depois de nove meses nasce a criança, é um menino, mas algo sai errado, a criança demorou muito a nascer, e quando saiu do ventre da mãe parecia estar morta, estava toda roxa. A mãe pega a criança no colo ainda deitada abraça-a e a beija por varias vezes quando de repente o bebê começa a chorar. “Ele esta vivo”, gritou o pai por varias vezes, e se junta a sua esposa abraçando-os e ficam ali deitados.
Depois de alguns dias percebe-se que a criancinha não mexia as perninhas, e como naquela época não havia recursos na área da medicina, a criança cresce com aquela deficiência.
João e Maria pertenciam a um povo em que havia uma promessa que um dia viria o Messias prometido, o Rei dos reis, e quando Ele vier sarará todo o povo. O casal se apega a essa promessa na esperança que seu filho um dia ficaria curado. Até que um dia quando a criança já estava com cinco anos de idade, um grande alvoroço toma conta daquele vilarejo, ouvi-se a noticia que três reis magos estão atravessando a cidade em direção a Belém outra cidade, e esses anunciam que o Rei dos reis nasceu, e o local indicado era Belém, estão indo presenteá-lo.
Maria corre até seu marido e lhe conta as boas novas, “Nasceu o Rei dos reis, há esperança para nosso filho".
Não muito depois desses dias um novo tumulto novamente toma conta da cidade, estão falando que na região de Belém aconteceu a maior matança de recém nascidos.
Apreensivo João fala a sua esposa, “ o Rei dos reis escapou dessa”.
O filho deficiente de João se chama Antonio, a criança se movimentava arrastando-se pelo chão usando os cotovelos.
A criança vai crescendo e agora com dez anos de idade, não consegue mais se arrastar, pois já é muito pesada pela idade e passa a ficar nos cantos da casa como se fosse um objeto.
A esperança do casal aos poucos vai se acabando, não imaginavam que demoraria tanto, e agora João só sai para trabalhar três vezes por semana, afinal Antonio precisa de muita atenção e sua mãe não aguenta mais carregá-lo.
João tinha construído um par de muletas, mas o menino não consegue nem se equilibrar, então seu pai improvisa uma espécie de esteira feita de vime e sisal e Antonio fica ali deitado o dia todo, assim esta família vai levando a vida.
O tempo vai passando, a esperança se acabando, com a vida se conformando e o menino cresce, agora já é um rapaz, Antonio esta com trinta anos e seus pais com cinqüenta e dois, o moço percebe que seu pai não tem mais força para carregá-lo então decide ir embora de casa para aliviar o sofrimento dos pais.
Numa noite dessas, Antonio enrola sua esteira, prende-a no corpo e enquanto seus pais dormem ele se arrasta para fora de casa e vai se arrastando rua a fora. Uns dois quarteirões adiante já com os cotovelos machucados, ele resolve descansar e eis que de repente dois homens que passavam por ali viram que o rapaz no chão é um deficiente, param e perguntam:
- Você esta indo para Betesda?
- Porque?
- É lá que tem o tanque dos milagres!
- Tanque dos milagres? O que é isso?
Então Antonio foi informado de que em Betesda há um tanque onde uma multidão de enfermos, mancos aleijados, cegos e com todo tipo de enfermidades ficam em volta do tanque esperando até que um anjo desça do céu e agite a água, o primeiro que entra no tanque ficava curado de qualquer enfermidade.
Antonio diz: “Como conseguirei ir até lá se não consigo nem me equilibrar de pé?
Os dois homens comovidos pegam a esteira de Antonio e a colocam encima de dois pedaço de pau paralelos e põem Antonio encima e levantado-o na esteira o levam para Betesda, o que demorou quase um dia de viagem.
Quando estavam chegando perto viram que a multidão era enorme, e não havia como passar pelas pessoas que se aglomeravam em volta do tanque.
Todos ali tinham a mesma necessidade e não iriam deixar ninguém passar na frente, e quando os homens que levaram Antonio na esteira tentam passar no meio da multidão, quase são linchados, então voltam e não tendo mais como ajudá-lo deixam o rapaz ali no chão encima da esteira e vão embora, de cabeça baixa seguem seu caminho.
O mais novo aleijado de Betesda fica ali no chão desolado sem saber o que fazer, no fim do dia quando o sol se pôs, pessoas vindas dos bairros próximos trazem comida para a multidão porque sabem que não arredarão dali até que sejam curados.
Antonio lembra-se de seus pais e isso lhe traz saudades mas se lembra também do sofrimento que causou a vida inteira, enquanto estava na casa deles e decide ficar ali mesmo e quem sabe um dia tocar a água. Toda vez que tentava ir em direção ao tanque os outros os impediam e assim tinha que voltar para não perder a esteira.
Antonio foi levado para o tanque quando tinha trinta anos de idade, agora faz 7 anos que esta ali junto da multidão e nunca viu ninguém ser curado.
Algumas pessoas que podiam andar até desistiam, mas sempre tinha gente com alguma enfermidade chegando, afinal para eles era o mais perto que se podia estar de um milagre. Durante aquele tempo ali próximo ao tanque, sempre se ouvia gritos de pessoas dizendo, “ a água mexeu”, e muitos se jogavam no tanque, mas não se ouvia que alguém ficou realmente curado. Antonio estava tão desolado, parecia ter desistido de tudo, não dá mais ouvidos aos gritos e passou a ficar deitado o dia todo, estava apenas aguardando a morte.
Nesses oitos anos ao lado do tanque, todas as manhãs Antonio fazia a mesma oração que na verdade era o Salmos de numero treze:
“ Até quando, ó Senhor, te esquecerá de mim? Para sempre? Até quando esconderá de mim o seu rosto? Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando o meu inimigo se exaltará sobre mim?
Depois de um tempo, numa manhã cinzenta como tantas, Antonio fixa os olhos em direção ao tanque, seu olhar transpassava as pessoas em sua frente, nessa manhã parecia ter recobrado as forças e o animo, não fez sua oração, não ameaçou se arrastar em direção ao tanque, oito anos ali, quem sabe é agora. Antonio se lembrou novamente de quando tinha cinco anos, quando seus pais falavam da vinda do Messias, o Rei do reis, seus olhos brilham enquanto tem essa lembrança, de repente uma pessoa acompanhada de outros homens caminham em sua direção e antes que Antonio pudesse falar algo, o estranho para na sua frente fixa os olhos em Antonio e faz uma pergunta:
- Você quer ser curado?
- Antonio explica que não tem como ir até o tanque e sempre que a água é agitada não tem ninguém que o leve até lá.
O tal estranho estende a mão para Antonio e fala:
- Levanta, pega sua cama e vai embora!
- Sem entender nada ainda, Antonio pega na mão do estranho e pela primeira vez na vida consegue se equilibrar, o que parecia impossível após trinta e oito anos de idade. Antonio dá os primeiros passos. Ele fica tão afoito que pega sua esteira e sai andando no meio da multidão, e quando se acalma olha para trás e procura o homem que havia o curado, não tendo achado segue seu caminho e vai para o templo agradecer.
Naquela época as mulheres somente cuidavam da casa, e os homens eram os que saiam para trabalhar e levar o sustento para casa.
Vamos chamar o homem de João e a mulher Maria.
Naquele tempo os homens trabalhavam nos campos de colheita, outros eram comerciantes e outros criavam animais e revendiam para pessoas levarem ao templo para serem oferecido a Deus como holocausto.
João era um homem calado e nas horas vagas gostava de inventar coisas, o esposo de Maria não tinha um emprego fixo e todo dia acordava cedo e ia para a praça principal da cidade, ficava esperando que passasse um carro de boi que levava trabalhadores para as lavouras, e assim iria junto para trabalhar e ganhar a paga do dia.
No fim do dia voltando para casa, sempre passava no armazém e comprava mantimentos para o próximo dia. Esta era a vida desse casal, cheia de sonhos para o futuro.
Após um ano de casado Maria engravida, e depois de nove meses nasce a criança, é um menino, mas algo sai errado, a criança demorou muito a nascer, e quando saiu do ventre da mãe parecia estar morta, estava toda roxa. A mãe pega a criança no colo ainda deitada abraça-a e a beija por varias vezes quando de repente o bebê começa a chorar. “Ele esta vivo”, gritou o pai por varias vezes, e se junta a sua esposa abraçando-os e ficam ali deitados.
Depois de alguns dias percebe-se que a criancinha não mexia as perninhas, e como naquela época não havia recursos na área da medicina, a criança cresce com aquela deficiência.
João e Maria pertenciam a um povo em que havia uma promessa que um dia viria o Messias prometido, o Rei dos reis, e quando Ele vier sarará todo o povo. O casal se apega a essa promessa na esperança que seu filho um dia ficaria curado. Até que um dia quando a criança já estava com cinco anos de idade, um grande alvoroço toma conta daquele vilarejo, ouvi-se a noticia que três reis magos estão atravessando a cidade em direção a Belém outra cidade, e esses anunciam que o Rei dos reis nasceu, e o local indicado era Belém, estão indo presenteá-lo.
Maria corre até seu marido e lhe conta as boas novas, “Nasceu o Rei dos reis, há esperança para nosso filho".
Não muito depois desses dias um novo tumulto novamente toma conta da cidade, estão falando que na região de Belém aconteceu a maior matança de recém nascidos.
Apreensivo João fala a sua esposa, “ o Rei dos reis escapou dessa”.
O filho deficiente de João se chama Antonio, a criança se movimentava arrastando-se pelo chão usando os cotovelos.
A criança vai crescendo e agora com dez anos de idade, não consegue mais se arrastar, pois já é muito pesada pela idade e passa a ficar nos cantos da casa como se fosse um objeto.
A esperança do casal aos poucos vai se acabando, não imaginavam que demoraria tanto, e agora João só sai para trabalhar três vezes por semana, afinal Antonio precisa de muita atenção e sua mãe não aguenta mais carregá-lo.
João tinha construído um par de muletas, mas o menino não consegue nem se equilibrar, então seu pai improvisa uma espécie de esteira feita de vime e sisal e Antonio fica ali deitado o dia todo, assim esta família vai levando a vida.
O tempo vai passando, a esperança se acabando, com a vida se conformando e o menino cresce, agora já é um rapaz, Antonio esta com trinta anos e seus pais com cinqüenta e dois, o moço percebe que seu pai não tem mais força para carregá-lo então decide ir embora de casa para aliviar o sofrimento dos pais.
Numa noite dessas, Antonio enrola sua esteira, prende-a no corpo e enquanto seus pais dormem ele se arrasta para fora de casa e vai se arrastando rua a fora. Uns dois quarteirões adiante já com os cotovelos machucados, ele resolve descansar e eis que de repente dois homens que passavam por ali viram que o rapaz no chão é um deficiente, param e perguntam:
- Você esta indo para Betesda?
- Porque?
- É lá que tem o tanque dos milagres!
- Tanque dos milagres? O que é isso?
Então Antonio foi informado de que em Betesda há um tanque onde uma multidão de enfermos, mancos aleijados, cegos e com todo tipo de enfermidades ficam em volta do tanque esperando até que um anjo desça do céu e agite a água, o primeiro que entra no tanque ficava curado de qualquer enfermidade.
Antonio diz: “Como conseguirei ir até lá se não consigo nem me equilibrar de pé?
Os dois homens comovidos pegam a esteira de Antonio e a colocam encima de dois pedaço de pau paralelos e põem Antonio encima e levantado-o na esteira o levam para Betesda, o que demorou quase um dia de viagem.
Quando estavam chegando perto viram que a multidão era enorme, e não havia como passar pelas pessoas que se aglomeravam em volta do tanque.
Todos ali tinham a mesma necessidade e não iriam deixar ninguém passar na frente, e quando os homens que levaram Antonio na esteira tentam passar no meio da multidão, quase são linchados, então voltam e não tendo mais como ajudá-lo deixam o rapaz ali no chão encima da esteira e vão embora, de cabeça baixa seguem seu caminho.
O mais novo aleijado de Betesda fica ali no chão desolado sem saber o que fazer, no fim do dia quando o sol se pôs, pessoas vindas dos bairros próximos trazem comida para a multidão porque sabem que não arredarão dali até que sejam curados.
Antonio lembra-se de seus pais e isso lhe traz saudades mas se lembra também do sofrimento que causou a vida inteira, enquanto estava na casa deles e decide ficar ali mesmo e quem sabe um dia tocar a água. Toda vez que tentava ir em direção ao tanque os outros os impediam e assim tinha que voltar para não perder a esteira.
Antonio foi levado para o tanque quando tinha trinta anos de idade, agora faz 7 anos que esta ali junto da multidão e nunca viu ninguém ser curado.
Algumas pessoas que podiam andar até desistiam, mas sempre tinha gente com alguma enfermidade chegando, afinal para eles era o mais perto que se podia estar de um milagre. Durante aquele tempo ali próximo ao tanque, sempre se ouvia gritos de pessoas dizendo, “ a água mexeu”, e muitos se jogavam no tanque, mas não se ouvia que alguém ficou realmente curado. Antonio estava tão desolado, parecia ter desistido de tudo, não dá mais ouvidos aos gritos e passou a ficar deitado o dia todo, estava apenas aguardando a morte.
Nesses oitos anos ao lado do tanque, todas as manhãs Antonio fazia a mesma oração que na verdade era o Salmos de numero treze:
“ Até quando, ó Senhor, te esquecerá de mim? Para sempre? Até quando esconderá de mim o seu rosto? Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando o meu inimigo se exaltará sobre mim?
Depois de um tempo, numa manhã cinzenta como tantas, Antonio fixa os olhos em direção ao tanque, seu olhar transpassava as pessoas em sua frente, nessa manhã parecia ter recobrado as forças e o animo, não fez sua oração, não ameaçou se arrastar em direção ao tanque, oito anos ali, quem sabe é agora. Antonio se lembrou novamente de quando tinha cinco anos, quando seus pais falavam da vinda do Messias, o Rei do reis, seus olhos brilham enquanto tem essa lembrança, de repente uma pessoa acompanhada de outros homens caminham em sua direção e antes que Antonio pudesse falar algo, o estranho para na sua frente fixa os olhos em Antonio e faz uma pergunta:
- Você quer ser curado?
- Antonio explica que não tem como ir até o tanque e sempre que a água é agitada não tem ninguém que o leve até lá.
O tal estranho estende a mão para Antonio e fala:
- Levanta, pega sua cama e vai embora!
- Sem entender nada ainda, Antonio pega na mão do estranho e pela primeira vez na vida consegue se equilibrar, o que parecia impossível após trinta e oito anos de idade. Antonio dá os primeiros passos. Ele fica tão afoito que pega sua esteira e sai andando no meio da multidão, e quando se acalma olha para trás e procura o homem que havia o curado, não tendo achado segue seu caminho e vai para o templo agradecer.
Essa história não contada esta relatada na bíblia no evangelho de João capitulo 5 versos de 2 a 9.
Lembrando que esse texto é uma ficção.
Toninho
Toninho
